Enrico Pierro

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- alô, quem fala?

- é a mulher-maravilha, com quem você quer falar?

foi assim durante muitos anos, pelo menos é como eu me lembro dela todas as vezes em que eu ligava em casa quando pequeno. hoje em dia ela atende o telefone como uma pessoa normal, mas eu sei que ali dentro, até hoje, existe a mulher-maravilha.

inclusive eu tenho a certeza de que, com o tempo, ela colocou a capa da invisibilidade e segue sendo uma heroína mais do que nunca. dizem que a gente aprende com os danos e não com os anos, e eu posso afirmar que ela já suportou mais danos do que qualquer um que eu conheça. e baixou a cabeça? jamais. ela tem uma força quase sobre-humana, mesmo que por dentro eu sei que existe sofrimento também. mas por fora, meus amigos, quem conhece, sabe. ela é gigante dentro de si mesma. e ela é a minha mãe.

eu estou sempre ao seu lado, em todos os momentos. trabalhamos juntos e já até perdi as contas de quantas vezes nos desentendemos, dentro e fora do ambiente de trabalho. acontece. ela nunca foi uma pessoa tão fácil assim de se lidar. acho que nem eu também. mas a cada dia que eu passo ao seu lado, eu mais me inspiro e tento seguir o seu exemplo. de fortaleza e de amor. de cuidado e alguns palavrões.

ela é italiana, tem dois tons de voz: alto e berrando. chama a atenção por onde passa. mas o seu carisma é algo que marca qualquer pessoa que passa pela sua vida. eu nem tenho palavras pra expressar o tamanho do meu orgulho e admiração. acho que você, que está lendo, se a conhecesse, também teria esse sentimento. ela é um furacão, uma avalanche que te arrasta e você não sabe nem pra onde, mas quando percebe, já foi.

o meu espaço aqui é pequeno, mas queria registrar que meu amor é infinito e incondicional. o nome dela é leda, mas eu prefiro chamar de mãe e, às vezes, quando estamos sozinhos, de mulher-maravilha. parabéns, minha heroína. parabéns, mãe. parabéns, minha mulher-maravilha. te amo e você sempre será a minha coca zero gelada no deserto.